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Com fila desde cedo, torneio de 'Fifa 13' reúne apaixonados por futebol

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Desde as 5h30, quando os primos Matheus e Vinícius Casagrande junto do amigo Roberto Herrmann foram os primeiros a chegar ao Shopping Eldorado, na zona oeste de São  Paulo, mais algumas centenas de crianças, adolescentes e até pais acordaram dispostos na manhã deste sábado (16) para encarar a fila de inscrição da eliminatória da 6° edição da fase brasileira do FIFA Interactive World Cup, a Copa do Mundo de jogadores de Fifa 12 de videogame. Com inscrição gratuita e a oportunidade de disputar uma viagem a Madri, Espanha, onde acontecerá a etapa mundial, pareceu justo madrugar na porta do shopping.

“Chegamos cedo mesmo porque queríamos garantir nossa vaga”, disse Matheus, que costuma jogar Fifa 13, mas avisou que o primo é o mais boleiro dos três. E muita gente ficou de fora. Por volta das 10h20, as 256 inscrições já haviam sido preenchidas e as camisetas azuis de "Player" estavam nas mãos dos jogadores.

Quem conseguiu uma dessas foi André Soares, 35 anos, e o filho Moisés, 8, o verdadeiro craque da família. “Ele (o pai) é fraco”, disse o garoto, que joga Fifa desde os 4 anos e soube do torneio pelo multiplayer na PSN. Em amistosos antes do início do torneio, com alguns PlayStation 3 já liberados para jogar, Moisés mostrou superioridade técnica e venceu o pai facilmente.

Com apresentação de DJ Thaíde e Tomate, animador do FIWC nos anos anteriores, a etapa não começou sem todos os participantes se reunirem para ouvir as regras da eliminatória, que classifica cinco jogadores (um por repescagem) para a final, no dia 13 de abril, e premia o primeiro colocado deste sábado com uma par de ingressos, mais hospedagem, para um jogo da Copa das Confederações. No esquema de mata-mata, as primeiras chaves consistem em partidas de apenas um tempo de quatro minutos, com segundo tempo – decidido por gol de ouro - caso haja empate. Se o jogo se mantiver sem gols, a disputa vai para os pênaltis. A partir das quartas de final, há dois tempos de cinco minutos, passando para seis minutos na grande final. A repescagem só começa a valer aos eliminados das oitavas-de-final.

Mas a grande dificuldade dos fifeiros que têm seu time formado no seu console é que no torneio não permitem configurar o clube escolhido a sua maneira. Tem que jogar com a formação tática da equipe original (atualizada na sexta-feira retrasada) e não substituir nenhum atleta no meio da partida, apenas em caso de contusão ou expulsão do goleiro. Além disso, fones de ouvido, usar o próprio controle, dicas da torcida e outras artimanhas para deixar o participante mais “jogando em casa” são terminantemente proibidas, eliminando-o da disputa.

Após a explicação das regras e espaço aberto paras as últimas perguntas, os primeiros jogadores foram para a frente de uma das 12 estações, para dar inicio à eliminatória. A divisão dos “atletas de controle” é bem simples: o primeiro inscrito joga com último, o segundo joga com o 255° da lista e assim até o 128° encontrar com o 129°.

A primeira rodada começou e os participantes se aglomeraram em frente aos televisores. Torcidas gritavam para seus times de amigos e, quase que instantaneamente, gols já começaram a pintar. Alguns comemoravam gritando, empolgando o público também, outro eram mais contidos. Sem poder trabalhar no esquema tático dos times, a maioria escolheu o Real Madrid para jogar, chegando a ter partidas disputadas pelo mesmo clube. Paris Saint-Germain também foi popular entre os desafiantes.

O clima era tenso, havia muitos olhos vidrados nas telas e explosões de comemoração aos gols podiam ser vistos entre os jogadores e plateia. Mas decepção e clima de derrota também se espalharam pelo torneio. Pedro Henrique Settani, segundo colocado no FIWC 2012, foi derrotado já na primeira etapa, por 2 x 1. Segundo ele, foi um vacilo seu, já que o adversário não era forte. “Perdi para mim mesmo”, contou.

Quem assistia a tudo isso distante era Gustavo Nascimento, campeão brasileiro nos últimos dois anos, e já classificado para as oitavas-de-final do dia 13 de abril por vencer outro torneio promovido pela Sony. O garoto de 17 anos era sensação no local, sendo cumprimentado por diversos outros participantes. “Eu jogo desde o Fifa 11, no multiplayer, e sempre me falaram que jogava muito. Então, falaram para eu disputar o campeonato e já no primeiro ano consegui levar o título e agora tento disputar todos que fico sabendo”, disse. “Eu até gostaria de ser um profissional de videogame, mas não sei se consigo viver só com essa renda. A gente ganha o dinheiro dos campeonatos, mas ainda é muito arriscado, porque tem apenas três campeonatos no ano. Se não ganhar, não vou tirar nada.”

Gustavo ainda explicou que seus pais o apoiam a ganhar dinheiro jogando videogame. “Eles gostam, porque estou sempre em casa, sabem o que estou fazendo, sabem das competições. Para eles, é tranquilo. E ainda consigo tirar um bom dinheiro com isso, então, sempre me apoiam.”

Quem também incentiva o filho a jogar campeonatos é Isabel Giodano, mãe de João Victor. “Isso tudo faz parte, ele interage com outras pessoas e tudo isso incentiva a ter até mais responsabilidade e limite. Ele gosta de esporte, tem outras tarefas e vai bem na escola”, afirmou. Segundo a mãe do garoto de 15 anos, ela só tirou o videogame de João Victor uma vez por castigo e “faz muito tempo”. “Mas ele sempre está jogando na TV da sala, que é maior, e eu sempre peço pra desligar e jogar no quarto.”



A etapa final do FIWC 2013 São Paulo acontece no dia 13 de abril, também no shopping Eldorado e, além dos classificados para as oitavas-de-final, abrirá vagas para outros 192 participantes. Etapas brasileiras também acontecerão nas cidades de Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte. 

By:Vini




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